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07/maio/2018

Com excelentes resultados e ótima recuperação, as atuais cirurgias da válvula mitral têm devolvido a qualidade de vida para algumas crianças.

Afinal, o que é a válvula mitral?  Ela é a estrutura do coração responsável pela passagem de sangue do átrio para o ventrículo esquerdo. Infelizmente, o número de crianças com lesões nesta válvula tem sido consideravelmente alto nos últimos tempos.

Mas, graças ao avanço da tecnologia, nem sempre é necessário a realização de uma cirurgia cardíaca. Técnicas minimamente invasivas vêm sendo cada vez mais utilizadas por se mostrarem mais benéficas para os pacientes tanto do ponto de vista funcional quanto estético.

Por isso, tem sido comum a substituição ou troca da válvula cardíaca, principalmente em crianças.

O que é prolapso da válvula mitral?

O prolapso da válvula mitral (ou sopro no coração) é um problema cardíaco comum, no qual a válvula que separa as câmaras superior e inferior do lado esquerdo do coração não fecha apropriadamente. A internação de pacientes com prolapso da valva mitral (PVM) raramente é necessária, exceto no caso de complicações ou para consideração de intervenção cirúrgica.

Na infância, a PVM não é progressiva e a terapia específica não é indicada para a maioria dos pacientes. Pacientes assintomáticos com cliques sistólicos mitrais isolados precisam apenas de aconselhamento e reafirmação. O acompanhamento clínico e ecocardiográfico a cada 2 ou 5 anos pode ser suficiente.

É necessário evitar o uso excessivo de cafeína, cigarros, álcool e medicamentos vendidos sem prescrição médica que contenham estimulantes como epinefrina ou efedrina.

Cirurgia cardíaca robótica

A cirurgia cardíaca robótica representa um grande avanço no campo das intervenções minimamente invasivas. Por meio desta técnica já é possível realizar procedimentos com incisões mínimas e com o auxílio de um sistema robótico. Um cirurgião especificamente habilitado e treinado manipula remotamente os braços do robô por meio de um console.

Um dos braços robóticos segura uma microcâmera que é inserida no tórax do paciente para captar imagens em alta definição, ampliadas e tridimensionais, o que confere maior nitidez à cirurgia. As imagens são enviadas ao console para que o médico as visualize.

Cirurgia da válvula mitral em crianças

Avanços relativamente recentes tornaram a cirurgia valvar mitral reconstrutiva viável em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência mitral grave (RM) secundária ao prolapso da válvula mitral, ou ambos. Alguns cirurgiões defendem o reparo robótico da válvula mitral por ser uma abordagem menos invasiva e com bons resultados.

Em um estudo retrospectivo (1993-2013) de 4.477 crianças submetidas à cirurgia mitral para avaliar se a correção cirúrgica da válvula de duplo folheto reduz a incidência de disritmias ventriculares, 5 de 8 crianças que tiveram prolapso da válvula mitral, mostraram uma boa recuperação pós-cirúrgica e redução de arritmia cardíaca. O que mostra que cada vez mais crianças poderão seguir suas vidas normalmente, graças aos avanços da tecnologia.


08/abr/2018

Conheça os últimos avanços da medicina no tratamento do câncer e veja os benefícios que eles trazem para os pacientes.

De acordo com as últimas estatísticas globais, quase 9 milhões de pessoas por ano perdem a vida devido ao câncer. Isso equivale a aproximadamente 22 mil mortes por dia. A grande variedade de tipos de câncer e os seus diversos sintomas acabam dificultando o tratamento, e essas estatísticas preocupantes ressaltam a urgência de encontrar melhores soluções para os pacientes. Mas a boa notícia é que na última década o tratamento da doença avançou, tanto no âmbito tecnológico quanto na abordagem multiprofissional, e no atendimento individualizado dos pacientes.

Com o passar dos anos, percebeu-se que muitos cânceres que eram considerados como sendo de um determinado tipo, na realidade eram tipos diferentes e, por isso, alguns tratamentos eram ineficazes. Dessa forma, uma das grandes mudanças adotadas foi o tratamento individualizado.

Hoje se estuda o perfil biológico do tumor, identificando suas alterações específicas. Um exemplo para entender isso melhor é o fato de antigamente tratar-se o câncer de mama após a cirurgia da mesma maneira que antes dela. Hoje os tratamentos pré e pós-cirúrgicos são bastantes distintos. Além disso, outro avanço é com relação à cirurgia. Atualmente o tratamento cirúrgico é bem mais conservador, tendo uma maior preservação dos órgãos.

Avanços no tratamento do câncer

Tecnologia

Na parte tecnológica, as cirurgias robóticas vêm ganhando destaque. Isto porque ela é menos invasiva e, como consequência, ocorre menos sangramento e há menos dor. O paciente que se submete a uma cirurgia robótica tende a ficar menos tempo internado e com melhores resultados funcionais, melhorando ainda mais o tratamento de muitos tumores.

Quimioterapia

No campo do tratamento com quimioterapia também ocorreram bons avanços. Passou-se a utilizar medicamentos específicos, como antagonistas hormonais, anticorpos monoclonais e modalidades da terapia alvo-dirigida, que têm mostrado melhores resultados nas respostas dos pacientes ao tratamento.

Radioterapia

Com o avanço da tecnologia, as máquinas atuam com muito mais precisão, programadas para irradiar apenas o tumor, preservando ao máximo os órgãos saudáveis adjacentes. A radioterapia estereotáxica, por exemplo, permite irradiar precisamente um tumor no pulmão e no fígado, mesmo com os movimentos respiratórios do paciente a movimentação natural destes órgãos. Com isso, a probabilidade de efeitos colaterais e sequelas é reduzida drasticamente, o que permite ao paciente uma recuperação muito mais rápida.

Imunoterapia

A imunoterapia foi considerada o maior avanço dos últimos anos no combate ao câncer. Esta técnica estimula o organismo do paciente a detectar a doença e atacá-la, por meio de drogas que modificam a resposta imunológica do doente.  É sem dúvida uma revolução dentro do tratamento do câncer.

Nas últimas décadas, a imunoterapia tornou-se uma parte importante do tratamento de alguns tipos de câncer. Novos tipos de tratamentos imunológicos estão sendo estudados e terão grande impacto sobre como trataremos o câncer no futuro.

O mais importante é que os estudos não param. Muitos tipos mais recentes de imunoterapia estão sendo estudados para uso contra o câncer e a esperança de cura definitiva para esta doença é cada vez maior. E os pacientes agradecem.