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07/jan/2019

Diagnósticos ou tratamentos errados podem prejudicar ou atrasar a cura de um paciente. Veja como se prevenir disso.

Erros médicos podem ocorrer em qualquer lugar: nos hospitais, nas clínicas, nos centros cirúrgicos, nos consultórios, nas farmácias e na casa do paciente. Esses erros envolvem medicamentos, cirurgias, diagnósticos, equipamentos ou resultados de exames. Por isso, é preciso tomar todas as precauções para ter certeza de que você recebeu o diagnóstico correto a fim de iniciar o tratamento adequado.

Os erros de diagnóstico e tratamento podem ocorrer até mesmo em rotinas comuns, como, por exemplo, um paciente no hospital com uma dieta sem sal receber uma refeição rica em sal.

A maioria dos erros resultam de problemas criados pelos complexos sistemas de saúde. Mas os erros ocorrem também quando os médicos e pacientes possuem problemas de comunicação.

Como se prevenir de erros em diagnósticos e tratamentos?

A melhor forma de se prevenir contra diagnósticos e tratamentos errados é tornar-se um membro ativo da sua condição clínica, em vez de assumir a postura de mero espectador. Isso significa fazer parte de cada decisão sobre os cuidados com a sua saúde. Pacientes que se envolvem pessoalmente com seus tratamentos tendem a obter melhores resultados.

Por isso, separamos 20 dicas a seguir que podem ser extremamente valiosas para você.

Como se prevenir de erros em medicamentos

1 – Avise seu médico sobre todo medicamento que você está tomando. Isso inclui medicamentos prescritos e suplementos dietéticos, como vitaminas e ervas.

2 – Leve todos os remédios e suplementos na sua consulta com o médico. Isso ajuda o seu médico a falar mais sobre cada medicamento e verificar se há alguma contraindicação com algum deles.

3 – Comunique seu médico sobre qualquer alergia ou reações adversas que você já teve com algum remédio. Isso ajuda o médico a não receitar algum medicamento que possa lhe fazer mal.

4 – Quando seu médico lhe prescrever um remédio, certifique-se de que você possa ler a receita claramente. Se você não conseguir ler a caligrafia do seu médico, talvez o farmacêutico também não consiga.

5 – Peça informações ao seu médico para que você consiga entender sobre o medicamento e a prescrição:

  • Para que serve o remédio?
  • Como devo tomar e por quanto tempo?
  • Que efeitos colaterais podem surgir? O que fazer se eles ocorrerem?
  • É seguro tomar esse remédio junto com ou outros medicamentos que estou tomando e/ou com a minha atual dieta?
  • Que tipo de comida, bebida ou atividade eu devo evitar enquanto estiver tomando esse remédio?

6 – Ao receber o medicamento na farmácia, pergunte: “este é o remédio exato que o meu médico receitou?”. Isso fará com que o farmacêutico verifique novamente a receita, a fim de evitar qualquer erro.

7 – Se tiver qualquer dúvida sobre a bula do remédio, pergunte. Bulas podem ser difíceis de entender. Por exemplo, pergunte se “quatro vezes ao dia” significa tomar uma dose a cada seis horas exatas (noite e dia) ou apenas durante o dia.

8 – Pergunte ao farmacêutico sobre a melhor forma de medir seu remédio líquido. Por exemplo, muitas pessoas usam colheres de chá, mas que necessariamente podem não conter toda a dose necessária. Utilizar seringas ou copos-medida ajudam a tomar a dose exata.

9 – Peça informação por escrito sobre os efeitos colaterais que o seu medicamento pode causar. Se você sabe que pode haver alguma reação ao remédio, é bom estar preparado caso algo inesperado ocorra.

Como se prevenir de erros em internações em hospitais

10 – Se estiver em um hospital, pergunte a todos os médicos e enfermeiros que precisarem tocar em você se eles lavaram as mãos. Isso ajuda a prevenir doenças e evita que infecções se espalhem no hospital.

11 – Ao receber alta do hospital, peça para o médico explicar sobre o tratamento que você deve seguir em casa. Isso inclui informações sobre os novos remédios, agenda de novas consultas e se você pode retomar suas atividades regulares. É importante saber se você deve ou não continuar tomando os remédios que tomava antes da internação.

Como se prevenir de erros em cirurgias

12 – Se tiver que passar por uma cirurgia, certifique-se de que você, seu médico e o cirurgião estão de acordo com o que deve ser feito. Fazer uma cirurgia do lado errado (por exemplo, operar o joelho esquerdo em vez do direito) é raro, mas pode acontecer. Por isso, é importante que haja um perfeito entendimento do processo até minutos antes de entrar no centro cirúrgico.

13 – Se puder escolher, opte por um hospital especializado na cirurgia que você irá fazer. Prefira hospitais especializado na cirurgia que você precisará fazer. Eles possuem melhores estruturas tanto de equipamentos quanto de profissionais experientes, o que reduz drasticamente as chances de erros.

Como se prevenir de erros médicos gerais

14 – Pergunte se tiver alguma dúvida ou receio. Você tem o direito de questionar tudo o que estiver relacionado com sua saúde.

15 – Certifique-se de que uma única pessoa coordene seu tratamento. Pode ser seu médico principal ou algum médico do hospital (se estiver internado), mas isso é muito importante caso você tenha muitos problemas de saúde.

16 – Garanta que todos os médicos tenham acesso às suas informações de saúde. Em um hospital, você pode ser atendido por muitos plantonistas. Por isso, não presuma que todos possuem as informações completas sobre seu estado.

17 – Peça a um amigo ou parente para ir às consultas com você. Isso garante que outra pessoa além de você receba as informações do médico, podendo ajudar caso você esqueça ou não tenha entendido algo.

18 – Se fizer um exame, não presuma que nenhum resultado é uma boa notícia. Pergunte quando e como você receberá os resultados.

19 – Entenda que “mais” nem sempre é melhor. É uma boa ideia descobrir por que um exame ou tratamento é necessário e como ele pode ajudá-lo. Você poderia estar melhor sem isso.

20 – Aprenda sobre sua condição e tratamentos com seu médico e recorra a outras fontes confiáveis. Pergunte ao seu médico se o seu tratamento é baseado nas evidências clínicas mais recentes. Se não se sentir confortável, busque uma segunda opinião médica – ou até uma terceira, se necessário.

Seguindo essas dicas, você consegue se prevenir de erros em diagnósticos e tratamentos, o que lhe garantirá uma maior segurança e certeza de que está no caminho certo para melhorar sua saúde.


07/maio/2018

Com excelentes resultados e ótima recuperação, as atuais cirurgias da válvula mitral têm devolvido a qualidade de vida para algumas crianças.

Afinal, o que é a válvula mitral?  Ela é a estrutura do coração responsável pela passagem de sangue do átrio para o ventrículo esquerdo. Infelizmente, o número de crianças com lesões nesta válvula tem sido consideravelmente alto nos últimos tempos.

Mas, graças ao avanço da tecnologia, nem sempre é necessário a realização de uma cirurgia cardíaca. Técnicas minimamente invasivas vêm sendo cada vez mais utilizadas por se mostrarem mais benéficas para os pacientes tanto do ponto de vista funcional quanto estético.

Por isso, tem sido comum a substituição ou troca da válvula cardíaca, principalmente em crianças.

O que é prolapso da válvula mitral?

O prolapso da válvula mitral (ou sopro no coração) é um problema cardíaco comum, no qual a válvula que separa as câmaras superior e inferior do lado esquerdo do coração não fecha apropriadamente. A internação de pacientes com prolapso da valva mitral (PVM) raramente é necessária, exceto no caso de complicações ou para consideração de intervenção cirúrgica.

Na infância, a PVM não é progressiva e a terapia específica não é indicada para a maioria dos pacientes. Pacientes assintomáticos com cliques sistólicos mitrais isolados precisam apenas de aconselhamento e reafirmação. O acompanhamento clínico e ecocardiográfico a cada 2 ou 5 anos pode ser suficiente.

É necessário evitar o uso excessivo de cafeína, cigarros, álcool e medicamentos vendidos sem prescrição médica que contenham estimulantes como epinefrina ou efedrina.

Cirurgia cardíaca robótica

A cirurgia cardíaca robótica representa um grande avanço no campo das intervenções minimamente invasivas. Por meio desta técnica já é possível realizar procedimentos com incisões mínimas e com o auxílio de um sistema robótico. Um cirurgião especificamente habilitado e treinado manipula remotamente os braços do robô por meio de um console.

Um dos braços robóticos segura uma microcâmera que é inserida no tórax do paciente para captar imagens em alta definição, ampliadas e tridimensionais, o que confere maior nitidez à cirurgia. As imagens são enviadas ao console para que o médico as visualize.

Cirurgia da válvula mitral em crianças

Avanços relativamente recentes tornaram a cirurgia valvar mitral reconstrutiva viável em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência mitral grave (RM) secundária ao prolapso da válvula mitral, ou ambos. Alguns cirurgiões defendem o reparo robótico da válvula mitral por ser uma abordagem menos invasiva e com bons resultados.

Em um estudo retrospectivo (1993-2013) de 4.477 crianças submetidas à cirurgia mitral para avaliar se a correção cirúrgica da válvula de duplo folheto reduz a incidência de disritmias ventriculares, 5 de 8 crianças que tiveram prolapso da válvula mitral, mostraram uma boa recuperação pós-cirúrgica e redução de arritmia cardíaca. O que mostra que cada vez mais crianças poderão seguir suas vidas normalmente, graças aos avanços da tecnologia.