Atenção adultos: Vacina não é coisa de crianças
Isso mesmo! Veja quais as vacinas mais importantes para os adultos e saiba o que fazer se você perdeu sua carteirinha de vacinação.
Quando adulto, você está sempre ocupado com a correria da vida e suas responsabilidades – mas isso não é motivo para esquecer de cuidar de si mesmo.
No Brasil, todos os anos milhares de adultos ficam gravemente doentes e são hospitalizados por causa de doenças que uma vacina poderia ter ajudado a prevenir. Essas doenças podem ser mortais, dependendo da idade e condição de saúde da pessoa. Certifique-se de que você está vacinado para a melhor proteção.
A necessidade de vacinas não desaparece com a idade. De fato, há idades específicas na vida adulta em que as vacinas são recomendadas. Além disso, a proteção contra as vacinas que você recebeu quando criança perder o efeito com o tempo. E, também, há mais vacinas disponíveis atualmente.
As vacinas que você precisa na idade adulta são determinadas por vários fatores, incluindo sua idade, estilo de vida, condição de saúde e quais vacinas você recebeu durante a sua vida. Conheça oito vacinas necessárias para adultos.
Oito vacinas necessárias para adultos
Vacina dupla tipo adulto – para difteria e tétano: A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.
Vacina Tríplice-viral – para sarampo, caxumba e rubéola: O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.
Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.
Vacina contra a hepatite B: Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. “Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença”, diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.
Pneumo 23 – Pneumonia: Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.
Vacina contra a febre amarela: Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos para prevenir a manifestação dos sintomas de febre amarela, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco.
Vacina contra o influenza (gripe): A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano.
HPV: A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos – em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles.
Vacina para Herpes Zóster: Embora não seja uma condição de risco de vida, o herpes zóster pode ser muito doloroso. Um estudo realizado no Brasil revelou que aproximadamente 95% dos adultos já foram expostos ao vírus do herpes zóster. Como o vírus fica latente durante muitos anos, a doença é mais comum em idosos e pessoas acima dos 50 anos.
A vacina ainda não é distribuída em postos de saúde. Se você tem mais de 50 anos e já foi exposto ao vírus da varicela, converse com seu médico para entender a necessidade de se vacinar contra a herpes zóster.
O que fazer se você perdeu a carteirinha de vacinação?
De acordo com o Ministério da Saúde, é importante guardar a carteirinha, mas quem perdeu pode recuperar o registro ou até tomar as vacinas básicas do calendário novamente caso isso não seja possível. Também qualquer brasileiro pode ir até uma sala de vacinação e tomar o imunizante, mesmo sem a carteirinha em mãos.
O consenso é que ninguém deve deixar de se vacinar porque perdeu o registro, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Embora seja importante o registro para controle individual e também para não despender recursos públicos com vacinas repetidas, não há prejuízo à saúde de tomar o imunizante novamente.
Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o posto de saúde onde recebeu as vacinas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a 2ª via da carteirinha.
Caso não consiga obter a 2ª via, é possível tomar as vacinas novamente de acordo com a faixa etária e indicações. O Ministério da Saúde recomenda consultar o Calendário Nacional de Vacinação na Unidade Básica de Saúde ou no site do ministério.
Em caso de dúvida você pode buscar o Ministério da Saúde. A pasta é responsável pelo Programa Nacional de Imunização, por meio do qual é feita a avaliação e encaminhamento dos questionamentos das atividades de vacinação das unidades de saúde.
Assim, é muito importante que crianças e adultos tomem suas respectivas vacinas para terem uma vida mais saudável e livre de doenças que podem ser evitadas.