MEDIDAS RESTRITIVAS NÃO FIZERAM AUMENTAR CASOS DE DEPRESSÃO DURANTE A PANDEMIA

abril 13, 2021 by Fabio
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O ponto é que, até agora, os cientistas não encontraram essa subida vertiginosa nos números de depressão ou suicídio. Os estudos indicam que os casos continuam estáveis, apesar de todas as privações que o mundo está vivendo.

Pelo que foi observado até o momento, a maioria das pessoas se mostrou muito resiliente e conseguiu se adaptar à nova rotina imposta pela pandemia.

Quando a covid-19 começou, no Brasil, em março do ano passado e exigiu a adoção de medidas mais restritivas, especialistas em saúde mental passaram a temer uma grande quantidade de casos de depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos.

Mas, o primeiro ano da pandemia não resultou em mais diagnósticos dessas doenças: estudos publicados nas últimas semanas indicam que os números de indivíduos acometidos tiveram até uma ligeira subida no início da crise, mas depois eles se mantiveram estáveis dali em diante.

Políticas mais extremas como o lockdown, adotadas em vários países e tão necessárias para achatar as curvas de contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, não resultaram numa piora do bem-estar ou no aumento dos casos de suicídio.

Mas como é possível explicar a capacidade de adaptação, a resiliência e o equilíbrio mental inesperado das pessoas num momento de tantas notícias ruins, dúvidas e incertezas sobre o futuro?

Passado um ano desde que a pandemia foi oficialmente declarada, grupos de pesquisadores ao redor do mundo finalmente conseguiram avaliar as questões de saúde mental com calma para obter resultados mais sólidos.

Cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e da Universidade Maynooth, na Irlanda, fizeram uma revisão sistemática e uma meta-análise de tudo que foi produzido sobre o tema até o momento.

Os especialistas selecionaram 65 estudos que acompanharam pacientes com doenças psiquiátricas diagnosticadas previamente e fizeram a comparação sobre a saúde mental deles antes e depois da pandemia.

Até foi observada uma piora dos sintomas em março e abril de 2020, mas logo a situação se estabilizou e voltou aos níveis pré-coronavírus.