A Universidade de São Paulo, através dos pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos, desenvolveram um exoesqueleto robótico capaz de auxiliar no tratamento vítimas de AVC.

O AVC afeta milhares de pessoas e pode deixar graves sequelas, como a limitação de movimentos dos membros inferiores.

As pesquisas foram financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

O equipamento consegue identificar com precisão em qual parte do membro inferior o paciente apresenta mais dificuldades, atuando de forma automática na região afetada para ajudá-lo a completar o movimento.

Composto por um cinto pélvico, o exoesqueleto é fixado no tronco do paciente. Juntas são posicionadas nas principais articulações das pernas e sensores de força monitoram a interação entre o robô e o humano. O aparelho pesa cerca de 11 kg.

Durante os testes feitos com uma pessoa saudável em cima de uma esteira elétrica, os resultados indicaram estabilidade e segurança do contato entre o ser humano e o robô, além de alto desempenho na transmissão dos dados referentes à força exercida pelo usuário. O aparelho também ajustou o nível de assistência necessária.

“Um dos diferenciais do nosso exoesqueleto em relação aos disponíveis no mercado é que ele pode ser configurado para tratar várias articulações da perna do paciente ao mesmo tempo, como o tornozelo, joelho e quadril. Com essa possibilidade, nós conseguimos proporcionar ao usuário uma recuperação muito mais rápida e eficiente”, disse o professor e coordenador do projeto – Adriano Almeida Gonçalves Siqueira.