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25/maio/2021

Você está bem protegido contra o vírus do COVID-19 com o tipo de máscara que está usando?

As máscaras que usamos no dia a dia oferecem níveis de proteção contra a covid-19 bastante diferentes entre si: enquanto algumas chegam a filtrar quase 100% de partículas que podem conter o coronavírus, outras barram só 15%.

As conclusões são de uma pesquisa realizada pela USP e publicada recentemente no periódico Aerosol Science and Technology, testando a eficiência de 227 modelos encontrados em lojas e farmácias do Brasil – desde a PFF2, a mais segura, até as de tecido comum, cuja capacidade de proteção varia muito.

O Laboratório onde foram desenvolvidas as pesquisas tem equipamentos capazes de medir minúsculas partículas em suspensão na atmosfera, que podem carregar nelas o coronavírus.

Os pesquisadores produziram, a partir de uma solução de cloreto de sódio (sal), partículas de aerossol de tamanho semelhante às que carregam o coronavírus no ar (60 a 120 nanômetros) e testaram a capacidade das máscaras em reter, ou deixar passar, essas micropartículas.

Os estudos trazem lições importantes sobre como cada um de nós pode melhorar a proteção individual, essencial num momento de redução no isolamento social e de circulação de novas variantes mais contagiosas (e potencialmente mais graves) do coronavírus.

Não é surpresa que a maior proteção venha da máscara PFF2 (equivalente à N95), modelo profissional que já está se tornando mais popular no país e retém em torno de 98% de partículas que caem sobre ela, segundo a medição do Instituto de Física da USP.

Por isso, crescem os esforços para popularizar o uso dessa máscara e para ensinar o público a reutiliza-la com segurança, sem a necessidade de descarte imediato.

Em segundo lugar, diz o estudo, ficaram as máscaras cirúrgicas, que filtraram 89% das partículas. Além de ter boa filtragem, a máscara cirúrgica tem o poder de não dificultar a respiração e por ter aquele arame em cima do nariz.

Isso nos leva a um fator crucial para essa ou qualquer outra máscara: ela precisa de fato estar bem ajustada ao rosto, tanto na área do nariz quanto nas laterais, ou não vai ser capaz de impedir a entrada do ar não filtrado.

Máscaras de TNT (feitas de polipropileno, um tipo de plástico) também oferecem, segundo o estudo da USP, uma boa proteção geral – entre 78% e 87%.

Por fim temos as máscaras de tecido, as mais comuns e mais facilmente fabricadas. Se essa alta disponibilidade é uma vantagem, o ponto fraco principal é que muitas delas são bem pouco eficientes em reter o vírus.

No experimento, a filtragem média das máscaras de algodão foi de 40%, o que significa que elas deixaram passar, em média, 60% das partículas que caíram sobre elas.

Portanto fique atento ao tipo de máscara que está usando.

E, a qualquer sintoma que possa estar relacionado ao Covid-19, procure um médico.


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18/maio/2021

Houve uma época em que o termo “tratamento precoce” era corriqueiro na medicina. Podia se referir à intervenção depressa em um caso de câncer, por exemplo, ou à medicação para um transtorno mental após uma pronta identificação.

Durante a pandemia de covid-19 no Brasil, no entanto, a expressão foi politizada. Virou outra coisa. E também se tornou um elemento central na CPI da Covid, com dois ex-ministros da Saúde relatando terem sofrido pressão do presidente Jair Bolsonaro para que o Ministério da Saúde defendesse o “tratamento precoce”.

Alguns médicos e o próprio presidente adotaram o termo para definir um protocolo com medicamentos ineficazes ou sem eficácia comprovada para a covid-19, fazendo crer que existe um tratamento farmacológico para casos leves da doença. Se usados antes mesmo da doença ou no seu início, dizem seus defensores, esses medicamentos poderiam impedir o contágio ou formas graves da covid-19.

Mas médicos, cientistas e entidades sanitárias como a Organização Mundial da Saúde, amparados em estudos robustos, esclarecem que não há opções para tratamentos profiláticos ou que, se aplicados no início dos sintomas, possam impedir o desenvolvimento de formas graves da covid-19.

Ou seja, não há “tratamento precoce” para a covid-19, embora o termo continue a ser utilizado.

Atendimento precoce

Por enquanto, nenhum tratamento farmacológico se mostrou eficaz em casos leves de coronavírus. Não existe tratamento precoce, nem tratamento preventivo. O que existe é o acompanhamento ou o atendimento precoce.

“O termo ‘tratamento precoce’ foi estigmatizado”.

Mas então, o que um paciente com suspeita de covid-19 deve fazer?

Em primeiro lugar, dizem os especialistas, é preciso fazer o diagnóstico. Teve sintomas? Procure o posto de saúde mais próximo para receber um diagnóstico e confirmar que se trata de covid-19. É preciso sempre usar máscara e manter distância de outras pessoas. Adotar o isolamento, mesmo enquanto não sai o diagnóstico, é importante para não contaminar outras pessoas.

Sintomas comuns da covid-19 são: febre, tosse, dor de garganta e/ou coriza, perda de olfato ou paladar, dor de cabeça, cansaço e falta de ar.

A partir do diagnóstico precoce, o paciente poderá ter também uma avaliação e acompanhamento precoces.

Esse monitoramento desde o início dos sintomas é importante para ter um acompanhamento especializado da evolução dos sintomas, com consultas e exames.

Além disso, a avaliação logo no diagnóstico permitirá que o profissional de saúde avalie se o paciente tem fatores de risco, se não precisa de alguma intervenção médica farmacológica por conta de alguma comorbidade, por exemplo.

Por fim, o acompanhamento médico é fundamental até mesmo para casos mais leves porque o paciente pode evoluir com gravidade. O profissional da saúde vai avaliar a evolução dos sintomas e dar orientações adequadas.

O profissional de saúde acompanhando o caso pode verificar, por exemplo, se há febre persistente ou mudança no padrão de febre, dor no peito, dificuldade para respirar, capacidade física afetada, sintomas como tontura ou pré-desmaio, entre outros. Também pode monitorar, em alguns casos, se houve queda no nível de oxigênio no sangue por meio do uso de um oxímetro. São sinais de que a doença está progredindo e que pode ficar mais grave, então é importante ter uma avaliação médica.

A covid-19 evolui distintamente em cada pessoa, 80% dos infectados terão evolução benigna, sem complicações. 20% precisarão de auxílio hospitalar principalmente por comprometimento de pulmão.

Medicamentos, como aqueles do chamado “kit covid”, não devem ser usados por conta própria.

Nada disso tem efeito comprovado contra a doença.

Os medicamentos que podem ser tomados em casa são dados para tratar sintomas – aqueles a que estamos acostumados quando estamos em casa com náusea, dor de cabeça, febre etc. Aliviam os sintomas, mas não interferem na evolução da doença. Boa hidratação e boa alimentação também são recomendadas.


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30/abr/2021

Para a maioria dos exames de sangue, a exigência do jejum caiu. Para entender a necessidade ou não de jejum, é preciso saber que os resultados dos exames se baseiam em informações científicas que indicam parâmetros de normalidade em determinada população, sob condições específicas. Os valores apurados no exame de uma pessoa são sempre comparados com esses dados. A necessidade de jejum, tradicionalmente, sempre esteve vinculada a essas informações. Um exemplo disso é o exame de colesterol (perfil lipídico), antes , solicitava-se jejum de 12 horas, mas hoje admite-se a coleta sem jejum.

Isso ocorreu porque, com o passar do tempo, descobriu-se que as dosagens do colesterol podem ser interpretadas e contribuir para o diagnóstico, independentemente do jejum prévio. Além disso, a qualidade técnica dos exames evoluiu e se tornou menos dependente das variações das amostras.

Por outro lado, existem exames como o de glicemia cujo jejum pode alterar a interpretação porque a referência, em relação à dieta, ainda é importante. Assim, a coleta —com ou sem jejum— será determinada pelo médico de acordo com a informação que ele precisa obter. E o resultado, em geral, indicará padrões de normalidade – com e sem jejum.

O sangue é sempre colhido em sua forma total. Mas, a depender do que é preciso analisar, apenas uma parte desse material será utilizado. Por exemplo, se é preciso avaliar os componentes da célula, o sangue será observado em sua forma integral. Já quando o objetivo é analisar a glicose, interessa somente a parte do soro, que compõe o plasma. Desde o momento da coleta, a amostra sanguínea é disposta em tubos específicos, que são identificados por cor e, dali, seguem em direção às respectivas áreas de análise.

Para que serve o exame de sangue? A maioria das moléculas do seu corpo pode ser avaliada por meio de um teste sanguíneo. Ele é considerado um espelho que reflete o funcionamento do seu organismo e as condições da sua saúde no momento em que ele é realizado. Após a consulta e o exame físico, o teste sanguíneo é uma prática complementar que auxilia o médico a investigar sintomas, diagnosticar determinada doença ou monitorar fatores de risco para doenças crônicas, como o diabetes e doenças cardiovasculares (como o AVC – Acidente Vascular Cerebral). Estima-se que exames de sangue estejam envolvidos em 70% dos diagnósticos.

Realize seus exames de sangue periodicamente.


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13/abr/2021

O ponto é que, até agora, os cientistas não encontraram essa subida vertiginosa nos números de depressão ou suicídio. Os estudos indicam que os casos continuam estáveis, apesar de todas as privações que o mundo está vivendo.

Pelo que foi observado até o momento, a maioria das pessoas se mostrou muito resiliente e conseguiu se adaptar à nova rotina imposta pela pandemia.

Quando a covid-19 começou, no Brasil, em março do ano passado e exigiu a adoção de medidas mais restritivas, especialistas em saúde mental passaram a temer uma grande quantidade de casos de depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos.

Mas, o primeiro ano da pandemia não resultou em mais diagnósticos dessas doenças: estudos publicados nas últimas semanas indicam que os números de indivíduos acometidos tiveram até uma ligeira subida no início da crise, mas depois eles se mantiveram estáveis dali em diante.

Políticas mais extremas como o lockdown, adotadas em vários países e tão necessárias para achatar as curvas de contágio e evitar o colapso dos sistemas de saúde, não resultaram numa piora do bem-estar ou no aumento dos casos de suicídio.

Mas como é possível explicar a capacidade de adaptação, a resiliência e o equilíbrio mental inesperado das pessoas num momento de tantas notícias ruins, dúvidas e incertezas sobre o futuro?

Passado um ano desde que a pandemia foi oficialmente declarada, grupos de pesquisadores ao redor do mundo finalmente conseguiram avaliar as questões de saúde mental com calma para obter resultados mais sólidos.

Cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e da Universidade Maynooth, na Irlanda, fizeram uma revisão sistemática e uma meta-análise de tudo que foi produzido sobre o tema até o momento.

Os especialistas selecionaram 65 estudos que acompanharam pacientes com doenças psiquiátricas diagnosticadas previamente e fizeram a comparação sobre a saúde mental deles antes e depois da pandemia.

Até foi observada uma piora dos sintomas em março e abril de 2020, mas logo a situação se estabilizou e voltou aos níveis pré-coronavírus.


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22/mar/2021

Afinal, como é que algumas pessoas pegam covid-19 no intervalo entre a primeira e segunda dose da vacina? Proteção incompleta? Não!

Por enquanto, dois imunizantes são utilizados no Brasil: CoronaVac (Sinovac e Instituto Butantan) e CoviShield (AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz). Ambos precisam de duas doses para oferecer um nível de proteção suficiente contra o coronavírus. O tempo entre a primeira e a segunda dose varia de acordo com o produto: a CoronaVac tem um intervalo de 14 a 28 dias, enquanto na CoviShield esse período é de 90 dias.

Nenhuma vacina disponível, para essa ou qualquer outra doença, é capaz de proteger, mesmo que parcialmente, em em menos de 14 dias após a aplicação das doses.

Independentemente da tecnologia, as vacinas trazem em sua composição os antígenos, substâncias que vão interagir com as células do sistema imunológico, para que elas criem os anticorpos necessários e consigam lidar com uma futura invasão viral. A questão é que esse processo leva um tempinho para ser concluído: as células imunes precisam reconhecer os antígenos, “interagir” com eles e criar uma reação satisfatória. Esse trabalho costuma levar cerca de duas semanas. Seguindo esse raciocínio, uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra a covid-19 não está protegida e precisa seguir com os cuidados básicos de prevenção (uso de máscara, distanciamento social, lavagem de mãos e álcool gel).

E, mesmo quem recebeu as duas doses, não está liberado para ter uma ‘vida normal’. Pelo que sabemos, a vacina protege contra o adoecimento e as formas mais graves da covid-19, mas as pessoas imunizadas podem continuar a transmitir o vírus para outras.

Portanto, enquanto a circulação do coronavírus estiver em alta e não tivermos uma grande parcela da população vacinada, a tendência é que as medidas de restrição e controle continuem primordiais.

Outra questão bastante recorrente é sobre ser infectado através da vacina. Mas isso é impossível garantem os médicos.

A CoronaVac é feita a partir de vírus inativado, um modelo usado na ciência há muitas décadas. Como o próprio nome já diz, os coronavírus presentes nas ampolas passam por um processo com substâncias químicas e mudanças de temperatura que o inativam e acabam com qualquer possibilidade de ele invadir as células e começar a se replicar dentro do nosso corpo.

Já a CoviShield aposta na tecnologia do vetor viral não-replicante. Em resumo, os cientistas pegaram um adenovírus (um outro tipo de vírus, que também não se replica e não faz nenhum mal à nossa saúde) e colocaram dentro dele informações genéticas do coronavírus responsável pela pandemia atual para suscitar uma resposta imune.

Com alta circulação do coronavírus, é importante que todo mundo continue se protegendo, mesmo aqueles que já foram imunizados.


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03/mar/2021

A chegada do COVID-19 mudou o mundo em todos os segmentos. Principalmente em relação a liberdade que se tinha para sair de casa. Seja para trabalhar, praticar esportes, reunião com os amigos ou para uma simples caminhada.

E com o “confinamento” alguns problemas começaram a surgir.

Se você trabalha o dia todo, em casa ou no escritório, mas sempre na cadeira, preste atenção! Mesmo que você faça exercícios diariamente, vai prejudicar sua saúde se passar o resto do dia sentado, sem fazer nada.

Não adianta só fazer academia ou dar uma corrida após o expediente. Passar o dia todo sentado não fará bem para a sua saúde!

Ao que tudo indica, não adianta mais seguir as recomendações e correr para a academia todo santo dia se, ao sair de lá, você não se exercita mais até a hora de dormir. Levar uma vida ativa não significa mais apenas malhar, mas incorporar ao dia a dia outras atividades físicas “não oficiais”, como andar até o carro ou ao ponto de ônibus ou descer ou subir as escadas para chegar ao seu apartamento ou escritório. São essas que realmente interessam, dizem os pesquisadores.

Estima-se que, cada minuto de comportamento sedentário, substituído por alguma movimentação corporal, aumente o gasto energético em um quilocaloria, em uma pessoa de 72 kg.

Para quem trabalha sentado, os pesquisadores recomendam manter os exercícios no fim do dia e acrescentar “passeios” mais longos pelo escritório, conversas ao vivo (e de pé) em vez de e-mail interno, sempre que possível, e até reuniões ao ar livre, caminhando.

Não é difícil encontrar maneiras de conseguir isso. Deixar o carro em casa, ficar de pé no ônibus, descer algumas quadras antes para caminhar um pouco ou desenferrujar a bicicleta são medidas  mais do que louváveis.

Mesmo no trabalho, sua empresa pode ajudar.

Por exemplo, adotando mesas de altura regulável que permitam aos funcionários escolher quantas horas vão passar de pé ou sentados na frente do computador.


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22/fev/2021

O início da campanha de vacinação contra a Covid-19 trouxe esperança a milhões de pessoas que esperam ansiosas pelo momento em que poderão retomar uma rotina mais próxima à qual estavam habituados há um ano. Mesmo que lentamente, a imunização está avançando entre a população mundial.

A empolgação, no entanto, não deve levar ninguém a abrir mão de seguir os protocolos determinados pela OMS, sob risco não só de adoecer em um momento em que o sistema de saúde continua sob pressão, mas também de colocar em perigo a estratégia de imunização.

Especialistas lembram que, além de nenhuma vacina ser 100% eficaz, principalmente diante do risco de surgimento de novas variantes, o corpo humano demora um tempo para começar a produzir os anticorpos que protegerão o organismo contra a ação do novo coronavírus.

Segundo as pesquisas realizadas no Reino Unido, o tempo mínimo para que o sistema imune esteja apto a responder adequadamente contra a presença de qualquer agente patogênico causador de doenças é de, no mínimo, 14 dias após receber a primeira dose de uma vacina.

Mas cada imunizante tem seu próprio tempo médio para ativar o sistema imunológico, conforme descrito por seus fabricantes.

O Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da CoronaVac, afirma que são necessárias, em geral, duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células.

Ainda segundo o instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.

A dose da AstraZeneca, por exemplo, é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir, no Brasil, a vacina em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford.

Um estudo publicado na revista científica The Lancet, no início do mês, sustenta que a maior taxa de eficácia é atingida quando respeitado o intervalo de três meses entre a primeira e a segunda dose.


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02/fev/2021

O coronavírus já não é mais o mesmo: desde que foi detectado pela primeira vez em janeiro de 2020 na cidade de Wuhan, na China, ele passou por uma série de modificações e atualizações em seu código genético.

Uma das alterações que mais chamaram a atenção apareceu recentemente na cidade de Manaus. Essa nova variante detectada na capital amazonense no começo de janeiro levanta uma série de preocupações em grupos de pesquisa e autoridades sanitárias do mundo inteiro.

A nova cepa, que ganhou o nome de P.1, foi flagrada pela primeira vez no dia 10 de janeiro em quatro indivíduos que desembarcaram em Tóquio, no Japão, após uma viagem para o Amazonas.

Alguns dias depois, um estudo que envolveu mais de dez instituições brasileiras, inglesas e escocesas detectou os primeiros casos da variante na própria cidade de Manaus, que tudo indica ser o local de origem dessas mutações.

Junto com o agravamento da pandemia no país, o achado de uma nova variante por aqui fez com que vários países restringissem ou proibissem voos que têm como origem ou destino o Brasil.

Além de Japão e Brasil, outros seis países já flagraram a P.1 em seus territórios: Itália, Coreia do Sul, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e as Ilhas Faroe, um arquipélago europeu localizado entre a Islândia e a Noruega.

No entanto, ainda não há transmissão local nesses lugares: pelo que se sabe até o momento, todos esses casos foram importados do Brasil. Ao que parece, o diagnóstico rápido barrou o espalhamento da nova cepa por essas nações.

Mas por que a variante de Manaus preocupa tanto? E o que ela pode significar para o enfrentamento da pandemia?

A exemplo do que ocorreu nos exemplos citados acima, os estudos com a linhagem manauara indicaram a presença de mutações com potencial de agravar ainda mais o cenário da pandemia.

A primeira delas é a N501Y, que também aparece nas cepas do Reino Unido e da África do Sul. Essa alteração genética mexe justamente na tal da espícula, tornando o vírus ainda mais infeccioso.

Outras duas mutações presentes na P.1 são a E484K e a K417T. Pelo que se sabe até o momento, elas “atualizam” o coronavírus e permitem que ele drible o sistema imune. Isso pode acontecer em indivíduos que já tiveram a covid-19 antes.


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12/jan/2021

A OMS alertou para o fato de que fumantes são mais propensos a desenvolver problemas graves quando contraem a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde analisou diversos estudos que comparam os quadros clínicos de fumantes e não fumantes com a covid-19. No caso dos fumantes, o tabaco dificulta a luta dos pulmões contra o coronavírus e outras doenças respiratórias.

O tabaco é um grande fator de risco para doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e diabetes, que colocam as pessoas nestas condições em maior risco de desenvolver doenças graves quando são afetadas pela covid-19.

Ou seja, as pesquisas recentes sugerem que fumantes correm maior risco de desenvolver doenças severas ou irem a óbito, diz o texto.

A OMS explica que segue avaliando novas pesquisas constantemente, inclusive aquelas que examinam os efeitos do uso de tabaco e nicotina nos pacientes com coronavírus.

Os fumantes tem 29% mais probabilidade de relatar até cinco sintomas conhecidos da doença e 50% mais probabilidade de relatar mais de 10 sintomas.

Os autores do estudo concluíram que ter mais sintomas adicionais de covid-19, como perda do olfato, dores musculares, diarreia, mostra que os fumantes experimentaram uma gama mais ampla de sintomas do que os não fumantes e, portanto, tiveram uma experiência mais grave da doença.


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05/jan/2021

O medo de ser reinfectado pelo COVID-19 atinge grande parte da população mundial e intriga os médicos e cientistas.

Mas pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) observaram que a primeira exposição ao coronavírus pode não produzir memória imune em casos brandos, o que significa que uma pessoa que teve covid-19 pode ser reinfectada pelo vírus. Para comprovar a tese, foi realizado  o sequenciamento dos genótipos do novo coronavírus de quatro indivíduos assintomáticos.

Essas pessoas foram acompanhadas semanalmente pelos pesquisadores a partir do início da pandemia, em março, com testes sorológicos e RT-PCR (exame considerado o padrão ouro no diagnóstico da covid-19) nos indivíduos acompanhados. Todos testaram positivo para covid-19. No sequenciamento dos genomas, os pesquisadores confirmaram que uma pessoa contraiu o vírus associado a um genoma importado para o país e outra apresentou uma estrutura viral associada ao genoma que já circulava pelo Brasil.

No final de maio, uma das pessoas acompanhadas procurou o grupo de pesquisa dizendo estar com sinais e sintomas mais fortes de covid-19, como febre e perda de paladar e olfato.

Quando foi feito o RT-PCR mais uma vez, os quatro indivíduos testaram positivo. Então foi observada uma reinfecção dentro do ambiente familiar. Contudo, a pessoa que apresentou em março o genótipo associado a casos importados no Brasil, agora estava infectada por uma outra cepa.

A FIOCRUZ avaliou que o trabalho reforçou a noção de que a reinfecção pelo novo coronavírus é possível, e que é algo comum entre vírus respiratórios, o que quer dizer que a primeira exposição ao vírus não é formadora de memória imune.

Casos assintomáticos ou muito brandos, se forem reexpostos ao vírus, poderão ter novamente uma infecção. Desta vez, pode ser que o quadro se agrave e que essa infecção seja mais severa do que a primeira, como demonstrado na pesquisa.

Por esse motivo em alguns casos, as respostas imunes podem ser fortes num primeiro momento, mas não significa que elas sejam duradouras.